segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

a verdade sobre os ciganos

A VERDADE CIGANA
No passado, nós, ciganos éramos conhecidos como os "senhores da estrada". Andávamos de um lugar para outro, atravessando rios e florestas.
Percorríamos a Índia inteira, chegando ao Oriente Médio, para depois retornar. Atravessávamos reinos inimigos entre si. Para se ter uma idéia, só o Rajastão era dividido em pelo menos cem pequenos reinos.
Nós dispúnhamos de um salvo-conduto especial para atravessar uma determinada região. É que todo mundo precisava do nosso trabalho.
De fato, transportávamos mercadorias, servíamos de "correio" para as longas distâncias e éramos também os banqueiros dos grandes senhores - podíamos comprar ouro e trocá-lo por bens de consumo ou dinheiro.
Muitas vezes, o ouro e os objetos preciosos não eram carregados por nós em nossas longas viagens. Preferíamos enterrar tudo em lugares secretos.
No momento certo, sabíamos qual caixa-forte abrir para fazer os nossos negócios.
Nunca fizemos guerra. Como outros clãs, durante uma guerra, podíamos ser recrutados para ajudar um determinado exército, mas nunca para o combate.
Ficávamos na retaguarda, prestando às tropas todo tipo de serviço necessário. Em caso de derrota, nada sofríamos, porque todos reconheciam o nosso valor social.
Outras atividades importantes sempre foram a música, a dança, a acrobacia e o teatro nas cortes dos reis ou para os soldados.
Hoje, vocês podem encontrar-nos aos milhões em periferias anônimas, pobres, às vezes miseráveis. Dignidade suficiente, porém, não nos falta, numa sociedade que mudou muito desde os tempos em que nós, ciganos, éramos reis das estradas. Éramos os Banjaras (ciganos músicos e dançarinos)
Mas , aproveito para lembrar de outros clãs:
Os Hakkipikki – caçadores do centro sul da Índia;
Os Gadha Lohar – que trabalham com metais;
Os Rabari – pastores de ovelhas, cabras e camelos;
Os Korwas – fabricantes de pulseiras, colares e coroas;
Os Kalibilias, os Nat e os Bopas – dançarinos, músicos, acrobatas de circo.
Estes são os verdadeiros nomes dos clãs que deram origem às pessoas que no futuro seriam chamados de ciganos.
Conforme vimos acima, “cigano” é um termo genérico surgido na Europa do Século XV.
Nós, no entanto, costumamos usar autodenominações completamente diferentes. E hoje, costumamos distinguir três grandes grupos:
os ROM, ou Roma, que falam a língua romani; são divididos em vários sub-grupos, com denominações próprias, como os Kalderash, Matchuaia, Lovara, Curara entre outros; são predominantes nos países balcânicos, mas a partir do Século XIX migraram também para outros países europeus e para as Américas;
os SINTI, que falam a língua romani-sintó são mais encontrados na Alemanha, Itália e França, onde também são chamados Manush;
os CALON ou KALÉ, que falam a língua caló, “ciganos ibéricos”, que vivem principalmente em Portugal e na Espanha, onde são mais conhecidos como gitanos, mas que no decorrer dos tempos se espalharam também por outros países da Europa e foram deportados ou migraram inclusive para o Brasil.
Estes grupos e dezenas de sub-grupos, cujos nomes muitas vezes derivam de antigas profissões (Kalderash = caldeireiros; Ursari = domadores de ursos, entre outros) ou procedência geográfica (Moldovaia, Piemontesi,entre outros.), não apenas têm denominações diferentes, mas também falam línguas ou dialetos diferentes.
A discriminação e o preconceito não vem apenas dos não-ciganos, também existe entre os clãs, e tem suas origens arraigadas no princípio de nossa História (na separação entre castas indianas e sua falta de mobilidade social). Mas como se isto não bastasse alguns clãs ciganos ainda se discriminam mutuamente, também, por outro motivo: os ciganos sedentários muitas vezes olham com desprezo para os ciganos nômades, dizendo: eles persistem nessa vida “primitiva”, enquanto os nômades acusam os sedentários de terem abandonado as tradições, e com isto terem deixado de ser ciganos.
Ao chegarmos na Europa, no início do Século XV, nós, ciganos, podíamos ainda ser identificados através de nossa aparência física, sendo a característica mais marcante a nossa pele escura. Hoje isto já não é mais possível. Casamentos com não-ciganos sempre ocorreram, de modo que em muitos países hoje, nós fisicamente, não nos distinguimos da população gadjé (não-cigana) nacional. Ciganos “racialmente puros” hoje não existem mais em canto algum do mundo, e do ponto de vista da Antropologia, nunca existiram, porque nunca existiu uma “raça” exclusivamente classificada como cigana. Ou um país, cujo habitante fosse denominado de cigano. Impossível, portanto, identificar os ciganos através de características físicas peculiares ou estabelecer “critérios biológicos de ciganidade”.
Classificar como “verdadeiros ciganos” todos aqueles que falam um dos vários dialetos romani, também não adianta, porque muitos ciganos já não o falam mais e outros o dominam muito mal, ou até já o esqueceram por completo.
Afirmo como antropólogo, linguista e cigano que é inadmissível a distinção entre “verdadeiros ciganos”, aos quais se atribuem uma origem exótica e riqueza cultural, e “os outros”. Ou seja: não existem ciganos autênticos e falsos ciganos: existem apenas Rom, Sinti e Calon, que possuem inúmeras autodenominações, que falam centenas de dialetos, que têm os mais variados costumes e valores culturais, que são diferentes uns dos outros, mas que nem por isso são superiores ou inferiores uns aos outros.
Em comum, todos, nós, ciganos, temos apenas uma coisa: uma longa História de Espiritualidade, de Arte, de perseguição, de discriminação pelos não-ciganos , em todos os países por onde passamos, desde o nosso êxodo do norte da Índia até ao aparecimento na Europa, no início do Século XV.

por Gitana Raio d'Sol



Aulas de Dança do Ventre . Vitória ES

Professora, coreógrafa e dançarina Cínthya Hayka
A mais de 25 anos ministrando aulas de Dança do Ventre e Dança Cigana
Aulas individuais ou em grupo para todas as idades.
Locais: Casa da Stael ( Rua 7), em espaços, condomínios e em domicílio

Fanpage:  DANÇA  DO VENTRE E CIGANA  CINTHYA HAYKA

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canal do Youtube: CINTHYA HAYKA

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Conjuração,Evocação,Invocação e Banimento

* Conjuração,Evocação,Invocação e Banimento...(termos de ritualística na Bruxaria)
*Conjurar é o ato de alterar energia e prece . Assim, estabelecermos contatos com outros planos,Deuses e seres astrais . Acontece a mesma coisa quando conjuramos alguma criatura mágica através de um feitiço, só que, nutrimos essa criatura a partir da nossa energia vital. É daí que vem a explicação que gastarmos mais energia conjurando animais mágicos. Como transformamos energia , isso é transfigurar. Então, conjurar é transfigurar.
Passamos a vida toda praticando e usando feitiços, e claro, as conjurações estão nessa rotina. O auxílio dos feitiços na conjuração de objetos ou criaturas é essencial tanto quanto muita experiência em Transfiguração. Se olharmos bem, o ato de transfigurar (conjurar) está presente no mundo bruxo não só atualmente, como desde que os feitiços foram inventados. Não é preciso lembrar que, com isso, os feitiços e também a transfiguração estão sempre presente .
*A evocação é, portanto, a comunicação do indivíduo com a divindade, espirito ou elemental, evocação já é o convite à divindade para participar do ritual em matéria astral ou espiritual, fora do corpo do oficiante responsável, porém dentro do espaço sagrado. Isso possibilita a conversa direta e a percepção das energias divinas. O que é muito usado durante uma oração padrão. Enquanto que a invocação é o meio externo atingindo voluntariamente o meio "in"terno transformando o indivíduo em uma espécie de "hospedeiro".
"Evocar vem do latim evoco are, que significa chamar a si, mandar vir, chamar para aparecer, fazer aparecer."
*Invocação se caracteriza por convidar a Divindade para participar do ritual no corpo de uma pessoa responsável. Foi muito usado por algumas pessoas do passado para santificar objetos ou lugares.
"Invocar vem do latim in vocare, que significa chamar em, ou seja, chamar em socorro, pedir auxílio, suplicar, pedir ajuda com uma prece."
Muitas pessoas associam a invocação ou evocação com a possessão, daquelas em que vemos em filmes de terror onde o suposto demônio domina o corpo material de uma pessoa e não sai de lá até que esse corpo físico seja exorcizado, que é uma forma de banimento do espirito para fora do hospedeiro. É bem comum vermos a palavra "exorcismo" na bruxaria, embora esse termo não seja tão usado por nós bruxos, pois está mais associado ao monoteísmo do que no politeísmo. É comum que a comunidade cristã entenda invocação e evocação como a tomada de um corpo por um espírito maligno ou um demônio, já nós, bruxos, não entendemos dessa forma
Após essa distribuição de conceitos, é comum pensar em invocação igual à possessão, mas não, a possessão é a permanência não autorizada de um espírito ou divindade em algum corpo ou material, o que se caracteriza por uma forma imperialista de estar entre nós, pois a possessão tira o “dono” do corpo de qualquer autonomia e liberdade sobre suas ações, dando total direito ao ser que o possuí. E nossas Divindades não são assim, elas são convidadas a estar no corpo do responsável por isso, porém nossos Deuses não o possuem, Eles apenas agem através do corpo responsável, mas dando ao “dono” do corpo total autonomia e liberdade para agir, dando inclusive liberdade para dispersar o Deus que age dentre dele na hora certa."
Já o banimento é a forma de retirada de alguma energia, ser, espírito, entidade e outros, seja de um ambiente, seja de um círculo, seja de um local específico. O banimento é a forma de privar algo de estar, de entrar, de permanecer, até mesmo de sair, em alguns casos mais centrados. Resumidamente, é o ator de "proibir' ou "barrar". O banimento é a forma de limitar energias, divindades ou outros seres que possam acabar "invadindo" um determinado espaço, trazendo algum tipo de malefício energético, é usado bastante no lar, é como por exemplo, deixar instrumentos direcionados à banir pendurados à porta para que seja sempre mantido, ou até mesmo a forma de banir por palavras, que é sempre atualizada quando se entra para dentro de casa e quando sai.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

o que são amuletos?

O amuleto é um objeto benéfico que preenche uma tripla função:
Assegura a proteção e a defesa da pessoa que o leva consigo,durante a vida ou após a morte.Tal foi a função dos inúmeros amuletos em pedras preciosas que os antigos egípcios colocavam sobre os corpos dos mortos para protegê-los das serpentes e outros animais .É um costume quase universal.
O amuleto capta forças místicas benéficas capaz de afastar energias nocivas,isto é ,as provocadas com a ajuda de procedimentos mágicos forçando a mesma natureza ,dos poderes sobrenaturais invisíveis onipresentes,aos quais se endereça.Eles podem proporcionar uma vantagem,o sucesso de um empreendimento ou a felicidade .É chamado de "charme"(do latim carmem..oráculo,fórmula mágica),objeto que produzir um efeito semelhante ao da fascinação.
O amuleto pode exercer uma função cura (geralmente a base de ervas e cristais específicos).Os primeiros amuletos assemelhavam-se aos fetiches(do português feitiço) e eram representações de animais (escamas de peixes,pelos,dentes,plumas,peles...etc),visando neutralizar os fluidos negativos por sua presença.
Sejam quais forem os elementos que os compõe vegetais(plantas,pós),minerais(metais,pedras)ou animais (pelos,chifres,ossos),a maioria dos amuletos têm valor simbólico quanto ás formas ,números,metais,cores,planetas,etc.
Seguindo uma lei tão velha quanto o mundo ,a da correspondência entre os diversos elementos que compõem o universo.
*As Jóias-Amuletos
As primeiras jóias foram usadas pelos antigos para se protegeram das doenças por um fenômeno de magia comunicativa sobre as partes vitais do corpo :coração,têmporas,pulso.

Nessa foto, um exemplo de um amuleto egípcio: o OLHO DE HÓRUS

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Ritual para LILITH de dominação

Atendendo a um pedido de uma seguidora do blog

Magia para dominar uma pessoa

Material:



 1 coração de papel vermelho
1 vela preta
pétalas de rosas vermelhas
1 incenso de atração
1 agulha esterilizada 

Fazer numa noite de sexta feira , sem lua

Como fazer:

Escreva o nome da pessoa que que se quer dominar no coração.  Acenda a vela e o incenso
e faça essa invocação

LILITH
GRANDE MÃE E RAINHA
TU QUE REINAS SOBRE AS PAIXÕES
, SOBRE O DESEJO E A LUXÚRIA
ESTENDA-ME A SUA MÃO
DIRIJA-ME O SEU OLHAR
E AJUDA-ME A   ...... ( NOME DA PESSOA) ... DOMINAR
POR FAVOR, ATENDA AO MEU PEDIDO
DESEJO E QUERO    ....................
AOS MEUS PÉS A RASTEJAR
QUE ELE SEJA MEU ESCRAVO SUBMISSO
CONCEDE-ME ESSE FAVOR
PELO MEU SANGUE A TI ME LIGO

( PIQUE O SEU POLEGAR ESQUERDO COM A AGULHA E DEIXE 3 GOTAS DE SEU SANGUE CAIR SOBRE O PAPEL EM FORMA DE CORAÇÃO)

  e diga:

PELO PODER DO SANGUE, PELO PODER DO FOGO
QUE A MAGIA SURTA O SEU EFEITO
...........,  VC VAI SE SENTIR ATRAÍDO, VAI SENTIR TESÃO POR MIM
VC VAI SENTIR O GOSTO DO MEU LEITO
NÃO TERÁS OUTRA OPÇÃO, SENÃO FICAR EM MINHAS MÃOS
ASSIM SEJA, E ASSIM SERÁ!!!

Queime o coração de papel com as pétalas das rosas. Concentre a sua atenção nas chamas e repita:

BATE POR MIM, CORAÇÃO MORTAL
VEM PARA MIM, POR BEM OU POR MAL
DESEJE-ME COM TODA A SUA ALMA
SONHE COMIGO QUANDO A NOITE CAIR
VEM PARA MIM
QUERO VOCÊ NAS MINHAS MÃOS
ESTOU A TUA ESPERA
QUE NADA TE DETENHAS
POIS VOCÊ PERTENCE A MIM
ASSIM SEJA E ASIM SERÁ

Continue a concentrar-se por mais alguns minutos, deixando a vela e o incenso queimar completamente

invocando LILITH

Eu invoco o teu nome grande fêmea desafiante da harmonia
celeste!

Tu que habitaste os arcanos da criação...

Tu que inunda a noite de possessões e pesadelos!

Rainha Obscena!

Teu sigilo grafado com sangue lunar em meio às essências da belladona

Consagre-me nos teus domínios sob o véu da noite!

Na copula do caos e do tempo em alucinações da tua erótica natureza!


Oh! Ardat Lilith!

Aranha vampira! Olhe com teus olhos rubros em sangue,

Ilumine o caminho da minha existência na busca do proibido

Através do abismo dentro do abismo...

A minha deificação plena em dimensões individuais!

Desperte dos nove abismos da arte negra e vampírica

Mistérios adormecidos sobre a égide de Gamaliel!

Felina Selvagem... Senhora dos meus sonhos escuros...

Ouço teus lamentos nos uivos dos ventos, sismos e vulcões!

Seus impulsos cósmicos refletem a chama negra em minha alma..

Revele-me a trama do destino!

Mostre os segredos, a Lua Negra!

Oh! Ardat Lilith! Te invoco!! Onipotente e eterna Matriarca

Vem! Vem! Vem!

Escuta o meu chamado!!!