sábado, 6 de julho de 2013

o sagrado na dança do ventre

Sou feita de agua, de ar, fogo e terra, sou a noite e também o dia, amo profundamente mas não provoque o meu o outro lado, que ele existe e é tão poderoso quanto meu amor.




Tenho mil nomes, muitas faces e infinitas possibilidades, quando me vejo em cada mulher, em cada fêmea, em cada quadril, a cada ventre que cria e re-cria sua história todo mês, em rubro e rosa.



Movimento da vida, movimento da morte, o ciclo do renascimento. Giros e rodopios, ondulações, movimentos que trazem o equílibrio traduzindo o Amor em nossos corpos... Verto-me em prazer. Êxtase...



Bolinhas de sabão, brincar na lama, guerra de mamona, ficar apenas largatixando no sol, ser bicho, uivar para a Lua, apurar nosso faro, correr pelos campos, pular nos galhos, gargalhar...



Aspirar a plenitude. Sou criança, sou jovem, sou velha, mãe, guerreira, filha, cozinheira, neta, dançarina.

Sou a espada e a flor. A borboleta das metamorfoses, do ballet das mudanças... Sou Completa, inteira...



Danço para criar... crio o meu mundo, curo minhas dores, meus sonhos, meus amores. Nesta dança sou aprendiz e sou a mestra...



Sou Mulher,

Sou a Loba,

Sou a Bruxa,

Sou a Fada,

Sou tudo tudo, e também posso ser nada...

Me desfaço no som, e me recrio a cada passo,

Sou Inteira,

Sou Rubra,

Sou Rosa,

Sou a Deusa,

Sou eu mesma, do meu jeito, dos meus feitos, dentro e fora do meu peito.

Sou Sagrada.   Sou mulher

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