Eu uivo para a lua. Eu danço ao redor de fogueiras ao som de tambores.
Eu acredito na Grande Mãe, que também é Donzela e Anciã. Eu cultuo o Deus Chifrudo e com ele caminho sob o céu. Eu pratico ritos antigos, e também novos.
Eu sou do povo antigo e do novo, de novo. Eu vejo a Magia na terra e no ar, no fogo e na água. Eu sou um filho do Grande Espírito. Eu sou um fragmento e ao mesmo tempo o Todo da Natureza. Eu sou aquele que morre todas as pequenas mortes, na vivência do Sagrado. Eu me deito nos seios de Dannu, me aconchego nas asas amáveis de Ísis, me deleito nos profusos frutos de Cy, me entrego às dádivas de Afrodite, fumo o cachimbo sagrado de Wakan Tanka e sob a guarda de Athena estou. Eu danço com o povo pequeno de Aine, habito o cristal de Yebá Belô, teço a teia e sou tecido pela Mulher-Aranha, sou filho de Pacha-Mama e caminho o labirinto de Ariadne.
Alguns tomam do pão e do vinho acreditando ter ali a carne e o sangue de seu Deus, outros se balançam ao som de ladainhas ininteligíveis enquanto erguem preces ao Sagrado, vários são os que raspam suas cabeças ou se vestem de forma estranha para pregar ou mesmo apenas viver o que crêem ser verdade. Há aqueles que andam pelas ruas pisando em areias coloridas atrás de estátuas pintadas, cantando e louvando. Há os que oram em silêncio e os que o fazem aos gritos ensurdecedores. Há os que não crêem em nada. Há os que não trabalham sábado, não comem carne uma sexta-feira por ano, sujam suas testas com cinzas, contam sua vida para estranhos em troca de perdão. Há os que não comem porco e tem duas geladeiras, uma para carne, outra para laticínios. Há os que apedrejam infratores de suas crenças, há quem corte a mão de ladrões e há também quem acredite ser sagrada a mutilação ritual.
Nenhuma dessas crenças, minhas ou de outrem, merecem ser tratadas com ridículo ou escárnio, quanto mais quando propositalmente tiradas de contexto, misturadas a outras com elas inconsistentes. Ainda que protegido pela legislação, o exercício da livre-expressão deve, ou pelo menos deveria, ser pautado pelo respeito às crenças alheias. Mesmo por que, a prática religiosa goza das mesmas proteções que a livre expressão…
Chronos Phaenon Eosphoros
Sacerdote Diânico, girando a roda e sendo por ela girado
Eu acredito na Grande Mãe, que também é Donzela e Anciã. Eu cultuo o Deus Chifrudo e com ele caminho sob o céu. Eu pratico ritos antigos, e também novos.
Eu sou do povo antigo e do novo, de novo. Eu vejo a Magia na terra e no ar, no fogo e na água. Eu sou um filho do Grande Espírito. Eu sou um fragmento e ao mesmo tempo o Todo da Natureza. Eu sou aquele que morre todas as pequenas mortes, na vivência do Sagrado. Eu me deito nos seios de Dannu, me aconchego nas asas amáveis de Ísis, me deleito nos profusos frutos de Cy, me entrego às dádivas de Afrodite, fumo o cachimbo sagrado de Wakan Tanka e sob a guarda de Athena estou. Eu danço com o povo pequeno de Aine, habito o cristal de Yebá Belô, teço a teia e sou tecido pela Mulher-Aranha, sou filho de Pacha-Mama e caminho o labirinto de Ariadne.
Alguns tomam do pão e do vinho acreditando ter ali a carne e o sangue de seu Deus, outros se balançam ao som de ladainhas ininteligíveis enquanto erguem preces ao Sagrado, vários são os que raspam suas cabeças ou se vestem de forma estranha para pregar ou mesmo apenas viver o que crêem ser verdade. Há aqueles que andam pelas ruas pisando em areias coloridas atrás de estátuas pintadas, cantando e louvando. Há os que oram em silêncio e os que o fazem aos gritos ensurdecedores. Há os que não crêem em nada. Há os que não trabalham sábado, não comem carne uma sexta-feira por ano, sujam suas testas com cinzas, contam sua vida para estranhos em troca de perdão. Há os que não comem porco e tem duas geladeiras, uma para carne, outra para laticínios. Há os que apedrejam infratores de suas crenças, há quem corte a mão de ladrões e há também quem acredite ser sagrada a mutilação ritual.
Nenhuma dessas crenças, minhas ou de outrem, merecem ser tratadas com ridículo ou escárnio, quanto mais quando propositalmente tiradas de contexto, misturadas a outras com elas inconsistentes. Ainda que protegido pela legislação, o exercício da livre-expressão deve, ou pelo menos deveria, ser pautado pelo respeito às crenças alheias. Mesmo por que, a prática religiosa goza das mesmas proteções que a livre expressão…
Chronos Phaenon Eosphoros
Sacerdote Diânico, girando a roda e sendo por ela girado
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